Com a redução do número das tarifas que visa à proteção do consumidor, o Conselho Monetário Nacional pode afetar a receita de serviços prestados pelos bancos, passando estas a crescer num ritmo mais lento. Com a regulamentação do Banco Central para o pagamento mínimo dos consumidores de 15% a partir de junho deste ano, e posteriormente 20% em dezembro, alguns clientes vão perder a sua capacidade de autofinanciamento.
Mesmo assim não acredito nessa perda significativa das instituições financeiras frente a essa redução do número de tarifas sobre o cartão de crédito, visto que devido o cliente agora ter parâmetros para comparação entre diversos bancos, levou essas instituições a se especializarem, aprimorarem seus serviços para melhor atender esse novo público alvo, que só nesta última década, movimentou mais de R$ 310 bilhões.
O grande benefício para os consumidores, sem dúvida, será a transparência a respeito das tarifas (custos financeiros), além de políticas de fidelização mais refinadas de acordo com cada consumidor, devido a esta competição entres as instituições.
Mesmo assim, os bancos podem procurar por outras saídas, como aumentar os juros cobrados sob o crédito rotativo, que por outro lado também pode aumentar a inadimplência devido à redução do poder de autofinanciamento dos clientes. E segundo o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS), “não se pode afirmar se as receitas caem ou sobem, vai depender da política de cada instituição”, ou seja, vai depender da competência de cada empresa.
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